Até dia 31/07 estão abertas as candidaturas ao Prémio de Jornalismo de FH. A iniciativa é promovida pela Associação FH Portugal, em parceria com a Sociedade de Aterosclerose e com o apoio da Amgen Portugal. No regulamento do prémio, consta “o desconhecimento sobre a doença é um dos principais obstáculos ao diagnóstico, à terapêutica adequada e à prevenção de doenças cérebro-cardio-vasculares prematuras, DCCVP e morte súbita”. De acordo com o documento, muitos profissionais de saúde não estão devidamente alertados para a doença: “a falta de diferenciação entre os critérios de diagnóstico entre a dislipidemia adquirida e a FH contribuem para que, nem a população, nem os profissionais de saúde, estejam sensíveis e atentos ao problema.”
Por esse motivo, a comissão organizadora não tem dúvidas de que “saber mais sobre a FH, conhecer as causas, os sinais, como progride e qual a abordagem adequada são fatores determinantes para reduzir os efeitos nefastos desta doença desconhecida da população e sub-valorizada pelos profissionais de saúde”.
Alcançar uma maior literacia em saúde “O jornalismo é por excelência o veículo de disseminação de informação correta, atual e isenta, contribuindo inequivocamente para a formação da opinião pública e por conseguinte para o esclarecimento sob o qual assentam mudanças comportamentais, culturais e sociais com forte impacto na saúde.”
Isabel Mendes Gaspar, especialista em Genética Médica e Medicina Interna afirmou que, “se nascermos com valores de colesterol e de LDL-C elevados, devemos começar desde crianças a fazer uma dieta pobre em gorduras, praticar atividade física diária e, numa determinada fase do desenvolvimento, temos de iniciar a medicação para baixar os valores, de modo a modificamos a história natural da doença”.
Luísa Falcão de Campos, presidente da FH Portugal, afirmou que “o diagnóstico e o tratamento precoce pode evitar a morte dos doentes e as DCCVP”. E, para Fátima Bragança, Amgen, “existe falta de conhecimento da população em geral e até mesmo pela comunidade científica. Realizar apenas campanhas não faz sentido, se as mesmas não forem apoiadas por informação e pelo aumento da literacia em saúde na população, tal como recomenda a OMS.”