Hipercolesterolémia Familiar ou Colesterol Hereditário: doença silenciosa afeta cerca de 20 mil portugueses

Apesar de não ser uma doença rara, a FH é uma patologia ainda pouco conhecida, sub-diagnosticada e sub-tratada em Portugal, que atinge não só adultos, mas também crianças.

“Estima-se que existam 30 milhões de pessoas com FH no mundo, dos quais 20 a 25 por cento são crianças e adolescentes, sendo a sua prevalência maior no sexo masculino atingindo “1 em cada 4 homens e 1 em cada 5 mulheres com idades inferiores a 50 anos”.

A Associação FH Portugal recomenda que “as famílias com uma história de doença cerebro-cardio-vascular precoce ou morte” façam análises ao sangue para determinar os níveis de colesterol total (CT), LDL-C, HDL-C, trigliceridos (TG) e partículas remanescentes não-HDL-C no ambito de uma consulta especializada em dislipidemias hereditárias. 

Caso se verifiquem valores elevados >190 mg/dL nos adultos e >160 mg/dL em crianças e adolescentes – “deve iniciar-se modificação de estilos de vida”, que inclui uma alimentação cuidada e adaptada à idade e profissão, atividade fisíca diária, redução de peso e suspensão de hábitos tabágicos e dar início a uma terapêutica personalizada com recurso “estatinas, inibidores de absorção de colesterol, nutricêntricos que reduzem eficazmente o CT, LDL-C, não-HDL-C e elevam o HDL-C” (prevenção primária).

Nos indíviduos com história pessoal de doença coronária, AVC, aneurismas, doença vascular periférica, disfunçao eréctil; e/ou historia familiar de doença coronária, AVC, aneurismas, doença vascular periférica e morte súbita prematuras devem iniciar a prevenção secundária.